2 de dez. de 2011

Porque calor me lembra o Rio. E dá saudades!

Faltou sol neste dia. Mas sobrou beleza! - Foto: Fábio De Nittis

Sei que este blog anda muito cheio de assuntos pessoais. É verdade, como tenho andado menos por aí (especialmente agora com as benditas férias da faculdade), posts deste tipo serão mais frequentes por aqui.  Também sei que o que vou falar já faz tempo que ocorreu, mas não poderia deixar de comentar.
Desde junho, quando estava na correria, eu só queria um finzinho de semana viajando. Que fosse aqui do lado, no litoral. Eu estava precisando de uns dias olhando a paisagem, sem pensar em absolutamente nada. Eis que em outubro surgiu a oportunidade de ir para o Rio de Janeiro, ajudá-la em um projeto de auxiliar estudantes da Holanda a fazerem reportagens sobre o Brasil. Se fosse em outros tempos, eu me perguntaria: por que ir? Mas resolvi fazer diferente. Lembrei que passei a vida falando que devia ser bom ganhar dinheiro, ter as próprias coisas e tal, mas que o melhor investimento, o que daria mais satisfação, seria juntar dinheiro para viajar. Também me lembrei daquele papo do começo do ano de que 2011 na verdade seria dois mil e OUSE, e que às vezes é necessário ousar.
Eis que estava eu na sexta, último dia 11, no aeroporto, para quatro dias de viagem. Depois de três horas de sono (na madrugada eu ainda fazia trabalhos da faculdade e arrumava as coisas), estava lá, pronto para embarcar para a minha primeira viagem totalmente bancada por mim, o que é uma satisfação imensa. E foi uma das melhores coisas que fiz! Fiquei em um albergue voltado mais para estrangeiros, o que significava dividir quarto com gente de várias partes do mundo (alguns deles voltaríamos a ver semanas depois em São Paulo, até saímos juntos!), falar inglês o tempo todo e ficar confuso com pessoas falando em português.

Ajudar os holandeses também foi uma experiência incrível, porque as reportagens foram muito interessantes. Em uma delas, por exemplo, houve uma entrevista com uma líder de comunidade, seguida por uma visita a uma das favelas do Complexo do Alemão. Foi bacana ver que as obras do PAC não só levam coisas básicas, como saneamento básico e asfalto, mas também escolas e inclusive cinema em 3D. Pois é, cinema em 3D no Complexo do Alemão! Observei também o contraste entre um domingo de pessoas caminhando tranquilamente e vivendo a vida normalmente e um carro do exército passando, com militares com arma em punho. Impactante e triste, eu diria. No Rio estive em bairros nobres, em comunidades carentes, em locais turísticos e não turísticos, em locais divertidos, em locais pra lá de bizarros, andei de táxi, ônibus, metrô, no calçadão, na rua, na areia...


Copacabana deixou saudades - Foto: Fábio De Nittis

E também houve tempo para diversão. Quilômetros caminhados pela praia de Copacabana, bairro que dispensa apresentações e que me acolheu tão bem. Noites na Lapa. Fins de tarde comendo e bebendo alguma coisa nos quiosques de Copacabana, sentindo a brisa que aliviava um pouco o calor carioca. Também pude fazer um rápido city tour no último dia, guiado por um amigo do Rio (OBRIGADO BRENO) que eu conheço há seis anos pela internet, mas que ainda não tinha visto pessoalmente. Aliás, embora o Rio esteja aqui do lado, foi minha primeira vez na cidade. E, embora não tenha sido totalmente a lazer, não poderia deixar o Rio sem conhecer o Cristo, passeio imperdível. E de lá de cima se tem esta vista linda do Pão de Açúcar, que ilustra o post e que faz o trecho “o Rio de Janeiro continua lindo” fazer todo o sentido.
E nestes dias quentes do verão que se aproxima (hoje já fez 29 graus aqui em São Paulo), os fins de tarde na orla de Copacabana deixam saudades. E sabe aquela frase que diz que a saudade é a maior prova de que o passado valeu a pena? Eu concordo plenamente. Valeu a pena! :)

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